Artigos relacionados com: "revista visão"

Dona da revista Visão com dívida astronómica ao Estado. E Governo esconde
Pode uma pequena ou grande empresa não pagar impostos ou taxas ao Estado anos a fio sem ser incomodada? Em princípio, não. Mas a Trust in News – a empresa de media que detém a Visão, a Exame e o Jornal de Letras, entre outros títulos – parece deter o "Santo Graal dos caloteiros": com um capital social de apenas 10 mil euros, desde que se criou deixou de pagar grande parte (ou a totalidade) de impostos (e talvez também de contribuições à Segurança Social) e nem sequer consta da lista de devedoras ao Estado. O calote já vai em 11,4 milhões de euros, e só no ano passado subiu 3,2 milhões. O Ministério da Segurança Social cala-se e o Ministério das Finanças escuda-se no sigilo fiscal. A Trust in News mostra-se incontactável, ficando-se assim sem saber, por agora, quais as artes mágicas para um grupo de media funcionar com tamanha dívida ao Estado e com evidentes sinais de contabilidade criativa. Esta é a primeira notícia de um dossier de investigação.
24/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Carta aberta: vamos a jogo, com Lei & Ordem, não com palhaçadas
CARTA ABERTA
23/07/2023
Pedro Almeida Vieira

CMTV sem emenda: Esposende é o 11º município a pagar para se mostrar em noticiários
Não pára. E afinal havia mais. Anteontem, sexta-feira, houve nova emissão especial de notícias pagas na CMTV, desta vez para cumprir um contrato com a autarquia de Esposende, que desembolsou 19.900 euros, mais IVA. Mas as revelações do PÁGINA UM tornaram a "promoção" mais humilde: ao contrário dos outros 10 contratos, Esposende não teve Francisco Penim e Sofia Piçarra a servirem de mestres-de-cerimónia, mas apenas um jornalista (Manuel Jorge Bento) a falar duas vezes sobre "bolos" deste concelho nortenho. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas continuam sem reagir à mercantilização dos noticiários em Portugal.
23/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Espectros de um regime
Recensão: Sombras do Império. Belém – Projectos, Hesitações e Inércia, 1941-1972
23/07/2023
Mariana Santos Martins

A deontologia de quatro crápulas, ou cronologia de uma patifaria
Recebi ontem uma coisa chamada, pomposamente, “deliberação” do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas. Tenho alguma aversão em usar a denominação completa, por incluir o Sindicato dos Jornalistas, que é estrutura ainda com alguma decência e com eleição autónoma de membros – e ainda mais o termo Conselho Deontológico, que remete para Ética. Na verdade, nos tempos que correm, de podridão na imprensa, chamar Conselho Deontológico àquilo que hoje ali temos na Rua dos Duques de Bragança para tratar de ética no jornalismo é tão bizarro como a denominação República Popular Democrática da Coreia para a Coreia do Norte.
22/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Indiferente a polémicas, “Sound of Freedom” já facturou mais de 100 milhões de dólares
Ainda sem data para estrear em Portugal, mas nos cinemas nos Estados Unidos o filme independente “Sound of Freedom” ultrapassou, em apenas três semanas, os 100 milhões de dólares de receitas nas bilheteiras. Inspirado em acontecimentos reais, sobre o resgate de crianças vítimas de redes de tráfico sexual de menores, o filme foi bem recebido pela crítica e em vendas de bilhetes tem estado sempre no Top 3 dos mais vistos nos cinemas norte-americanos em Julho, rivalizando com filmes como a última sequela de “Indiana Jones”. O sucesso do filme contrasta com notícias negativas publicadas por alguma imprensa mainstream que, ainda assim, não travam este verdadeiro blockbuster de Verão.
21/07/2023
Elisabete Tavares

Apagão: Cofina limpa registos comprometedores com entrevistas e reportagens na CMTV pagas por autarquias
Absoluto e intencional. Na última semana foram removidos todos os trechos dos telejornais da CMTV que, no canal do Youtube da Cofina Boost Solutions, mostravam as polémicas emissões especiais dedicados a 10 municípios que decidiram pagar entre 20 mil e 25 mil euros para "aparecerem" na televisão. Esta foi a forma expedita da empresa de media tentar "limpar" provas da comercialização de reportagem e entrevistas realizadas por jornalistas da CMTV como contrapartida pela "prestação de serviços" em contratos públicos. A Cofina terá recebido 200 mil euros de 1o autarquias, mas transgrediu normas da Lei da Televisão, da Lei da Imprensa e do Estatuto do Jornalista. Mas, para haver penalidades, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social terá de intervir, algo que, diz o regulador ao PÁGINA UM, não aconteceu, "até ao momento".
20/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas não responde se vai dar parecer sobre “noticiários pagos” na CMTV
Silêncio ensurdecedor e comprometedor. O director da CMTV, Carlos Rodrigues, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) remetem-se ao silêncio sobre os polémicos contratos do canal de televisão da Cofina e 10 autarquias, que envolveram o pagamento de entrevistas e reportagens de promoção dos municípios em noticiários, com jornalistas como Francisco Penim a servirem de mestres-de-cerimónias. Apenas o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas reagiu, acabando por emitir um comunicado. Mas fala em "cebolas", quando se perguntou por "alhos".
18/07/2023
Pedro Almeida Vieira e Maria Afonso Peixoto

Autarcas pagaram entrevistas e reportagens de promoção em telejornais da CMTV
A Cofina, dona do canal televisivo CMTV, arrecadou mais de 200 mil euros para promover 10 municípios, através de programas de entretenimento e de informação, A troco de valores a rondar os 20 mil ou os 25 mil euros, as autarquias puderam assim indicar locais e pessoas a entrevistar, incluindo, claro autarcas, de acordo com cadernos de encargos consultados pelo PÁGINA UM. Nas 10 emissões, incluindo a de hoje em Marco de Canavezes, foram entrevistados cerca de duas dezenas de autarcas e até a secretária de Estado das Pescas. O agora jornalista Francisco Penim, antigo director de programas da SIC e também da CMTV, foi o mestre-de-cerimónias das emissões, com a também jornalista Sofia Piçarra. Mas houve mais jornalistas envolvidos.
13/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Mário Ferreira e Prisa apanham coimas milionárias por negócio da Media Capital
Em 2020, o actual "homem forte" da Media Capital, Mário Ferreira, fez um memorando de entendimento com a Prisa que, para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, deveria ter sido antecedida de autorização. O regulador concluiu que foi Mário Ferreira, e não a Prisa, que colocou Manuel Alves Monteiro como administrador da Media Capital, e que isso constituía uma alteração não autorizada de domínio sobre os operadores de rádio e de televisão. Resultado: três coimas de 350 mil euros, mas que pode descer para metade por bom comportamento. A deliberação da ERC, de Fevereiro deste ano, esteve escondida cinco meses, e também revela as circunstâncias do regresso de Cristina Ferreira à TVI e a demissão de Sérgio Figueiredo da direcção do canal de Queluz de Baixo.
11/07/2023
Pedro Almeida Vieira

ERC detecta quatro grandes empresas de media com 15 contratos públicos forjados
Práticas ilegais e eticamente reprováveis foram apanhadas pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), e também pelo PÁGINA UM. Destacam-se 15 contratos públicos forjados, sobretudo com autarquias, entre as quais Lisboa (então presidida por Fernando Medina) e Viana do Castelo (então liderada pelo actual secretário de Estado do Mar). Até um contrato do Ministério da Economia e outro de uma associação empresarial que tem Marcelo Rebelo de Sousa como presidente honorário estão no lote de irregularidades graves. Impresa, Global Media, Cofina e Trust in News deverão ser agora “condenadas” a devolver os montantes recebidos, e os gestores públicos multados.
07/07/2023
Pedro Almeida Vieira

Ao pântano, a ERC adiciona a pulhice
Uma dezena de dias após a emissão de uma vergonhosa reportagem que vergasta a verdadeira investigação jornalística – e sabendo-se o quão improvável é a legalidade dos "negócios" de Renato Duarte Júnior (e do seu obscuro Digital Bank Labs) no mundo dos cripto-activos, e sabendo-se ainda da abertura de um procedimento por parte da ERC, e sobretudo os avisos formais da CMVM e do Banco de Portugal –, o silêncio e a inacção da TVI é intolerável. Ou talvez não. Afinal, já tudo é tolerável quando o jornalismo se mostra deplorável.
03/07/2023
Pedro Almeida Vieira