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Congresso de jornalistas exige o que ninguém pede: inscrição com pagamento para cobertura noticiosa
Em plena crise reputacional da Imprensa, a Comissão Organizadora do Congresso dos Jornalistas decidiu inovar duplamente: pediu apoio financeiro a 13 empresas e uma fundação – entre as quais dois bancos, a construtora Mota-Engil (onde é administrador Paulo Portas, antigo ministro e fundador nos anos 80 do semanário Independente), a Brisa, a REN, a Google e a Ikea –, e mesmo assim ainda decidiu exigir pagamento de inscrição aos jornalistas que, sem participar nas moções, apenas desejem fazer a cobertura noticiosa dos debates. Além de o Estatuto dos Jornalistas não permitir a imposição de preços para o acesso de jornalistas a eventos públicos – e neste caso até está prevista a participação do Presidente da República e de seis deputados –, não se conhece casos similares de exigência de qualquer pagamento como condição de entrada a profissionais da imprensa. O PÁGINA UM, mais por uma questão de princípio e de prevenção, solicitou a intervenção urgente e em tempo útil da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que ainda na semana passada interveio num litígio por o partido Chega ter colocado obstáculos ilegais à acreditação do jornalista Miguel Carvalho.
15/01/2024
Pedro Almeida Vieira

![Chega quer cortar acesso ao seu congresso a jornalista (de quem não gosta) [act.]](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsrv700518.hstgr.cloud%2Fwp-content%2Fuploads%2F2024%2F01%2Fimage-40.png&w=1200&q=75&dpl=dpl_5etk2ecpucTKTzu1QxHNQ7oehUVy)
Chega quer cortar acesso ao seu congresso a jornalista (de quem não gosta) [act.]
O partido de André Ventura decidiu discriminar o jornalista Miguel Carvalho, alegando ser freelancer, por não estar afecto directamente a um órgão de comunicação social, justificação que não encontra qualquer justificação legal. O antigo jornalista da Visão, que ainda este mês recebeu o Prémio Gazeta 2022, tem feito investigações sobre movimentos considerados de extrema direita. O caso acabou por merecer uma inédita deliberação urgente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social ainda em tempo útil: se amanhã Miguel Carvalho for impedido de entrar na convenção do Chega, André Ventura será processado por atentado contra a liberdade de informação e por desobediência.
11/01/2024
Pedro Almeida Vieira

Síria – O outro lado da guerra
'Cadernos dos Mundos', uma rubrica do jornalista Rui Araújo, com uma selecção de histórias ao longo de mais de 40 anos de grande repórter.
11/01/2024
Rui Araújo

‘Nos últimos dois anos de vida, Salazar viveu num mundo de fantasia’
CARLOS ADEMAR, HISTORIADOR, ESCRITOR E ANTIGO INSPECTOR DA PJ
08/01/2024
Maria Afonso Peixoto

Global Media: o cemitério está cheio de má e promíscua imprensa (e ainda bem!)
A ‘morte’ de projectos jornalísticos baseados na falta de ética é mesmo bem-vinda – é mesmo essencial, não apenas para que o crime não compense, não apenas para evitar o uso imoral de impostos dos contribuintes para insuflar e alimentar procedimentos errados e nefastos para uma sociedade, mas sobretudo por ser necessário dar espaço a projectos credíveis e sem vícios, que provem que os leitores, perante a credibilidade, valorizam economicamente o jornalismo.
07/01/2024
Pedro Almeida Vieira



A sombra
'Cadernos dos Mundos', uma rubrica do jornalista Rui Araújo, com uma selecção de histórias ao longo de mais de 40 anos de grande repórter.
04/01/2024
Rui Araújo



À conta do BES, Banco de Portugal mete sucessivas ‘prendas no sapatinho’ da Vieira de Almeida
Na semana passada saiu mais uma 'prenda' para a sociedade de advogados Vieira de Almeida: um ajuste directo, entregue de mão-beijada pelo Banco de Portugal, para ainda tratar da resolução do BES. Sobretudo a partir de 2018, a conta desta sociedade de advogados tem aumentado, com mais seis contratos a ultrapassarem os 22 milhões de euros, sempre sem concorrência, porque o regulador liderado por Mário Centeno alega que não há mais ninguém capaz de fazer o mesmo (ou melhor). Mas os contratos e as peças procedimentais nem sequer explicitam em concreto o objecto dos sucessivos ajustes directos. O Banco de Portugal disse ao PÁGINA UM que a manutenção da Vieira de Almeida se justifica por "interesse público"e que a aplicação das regras deontológicas e eventuais conflitos de interesses, "atento o tipo de litigância em causa, reduz em termos muitíssimo substanciais o universo de possíveis adjudicatários.” Mas não apresenta provas de que esses critérios levem à completa ausência de concorrência, o que pode implicar a ilegitimidade na invocação da norma para afastar concorrentes.
25/12/2023
Pedro Almeida Vieira