Artigos relacionados com: "revista visão"

Trust in News: sem pagar nada, empresa de 10 mil euros já vai em ‘calotes’ de 30 milhões
Por agora, são 170 os credores da Trust in News, que até incluem o apresentador Cláudio Ramos, embora o apresentador da TVI tenha ficado a 'arder' com apenas 3.400 euros. Pior está o Estado, que é credor de quase 16 milhões de euros. O colapso da empresa unipessoal do ex-jornalista Luís Delgado é uma das estórias mal contadas do jornalismo português, porque surge apenas seis anos depois de um suposto negócio de sucesso, quando a Trust in News comprou diversos títulos, com a revista Visão à cabeça, prometendo pagar 10,2 milhões de euros à Impresa. Afinal, só pagou cerca de um terço, usando um empréstimo do Novo Banco, a quem deu calote, e foi construindo sem incómodo um passivo que vai já nos 30 milhões de euros. Mais de metade são dívidas à Segurança Social e à Autoridade Tributária e Aduaneira. Tudo com a 'protecção' do Governo de António Costa, que, desde o ano passado, quando o PÁGINA UM descobriu o 'buraco' da dona da Visão, nunca esclareceu como era possível uma empresa com capital social de 10 mil euros manter actividade com um tão elevado grau de incumprimento perante o Estado.
03/07/2024
Pedro Almeida Vieira

Novo empréstimo da SIC vai custar-lhe 11,4 milhões só em juros
Após ter aumentado a sua recente emissão de dívida obrigacionista, a SIC deverá encaixar perto de 46 milhões de euros com o novo empréstimo feito junto de investidores particulares. Mas a gestora dos canais televisivos do grupo Impresa prepara-se para pagar a taxa anual bruta mais elevada deste ano no mercado de obrigações empresariais, na Euronext Lisbon. No total, neste empréstimo a quatro anos, a SIC propõe-se a pagar um total de 11,4 milhões de euros de juros, tendo em conta o risco de crédito "significativo", que representa o risco de default (de não pagamento). O prazo para subscrever a emissão terminou hoje e os resultados da operação serão conhecidos formalmente no dia 1 de Julho.
28/06/2024
Elisabete Tavares

Governo paga salários milionários a consultores da Ernst & Young
Uma das mais conhecidas consultoras internacionais, a Ernst & Young - ou simplesmente EY - tem muitos motivos para sorrir, e mais ainda para rir: está a facturar como nunca em contratos com entidades públicas. No primeiro semestre de 2024, a 'máquina registadora' já superou mais de 4 milhões de euros em contratos públicos, quase tanto quanto todo o ano passado. O trabalho tem estado agora concentrado sobretudo na gestão de projectos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), como é o caso do ajuste directo assinado anteontem com o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN). Através de um 'estratagema' que ainda tem de ser validado pelo Tribunal de Contas, a EY vai receber de 'mão-beijada', em apenas quatro meses, um total de 350 mil euros por prestação de serviços, o que resulta num 'salário' médio por consultor a tempo inteiro de 16 mil euros por mês. As relações políticas com esta consultora vêm de longe, mas consolidaram-se com o actual Governo: o próprio ministro da Economia, Pedro Reis, nem se importou este mês de participar num vídeo institucional da própria EY.
27/06/2024
Pedro Almeida Vieira

Paxlovid: Portugal anda a comprar agora ‘restos de colecção’ de antiviral da Pfizer
Foi endeusado pela imprensa, anunciado como uma "arma terapêutica" para dar "paz na batalha contra a pandemia". O antiviral Paxlovid, da farmacêutica norte-americana Pfizer, fez vendas estratosféricas em 2022, totalizando 18 mil milhões de dólares nesse ano. Mas dúvidas sobre a sua eficácia e a ocorrência de recaídas em 20% dos doentes tirou fôlego ao fármaco 'vendido' pela imprensa e pelos 'marketeers de bata branca'. No ano passado até deu prejuízo nos Estados Unidos com as receitas globais a decaírem 92%. No primeiro trimestre deste ano novo tombo: queda de 50% face aos magros resultados do período homólogo de 2023. Pouco isso importou em Portugal. Após uma misteriosa compra de 20 milhões de euros no final de 2022, feita pela Direcção-Geral da Saúde, recorrendo a uma norma revogada, que possibilitou a celebração do negócio sem contrato escrito, nos últimos dois meses uma dezena de unidades de saúde local andaram a comprar Paxlovid, já a preço de saldo. E isto mesmo depois de investigadores da própria Pfizer terem publicado um artigo científico a assumir a fraca valia do fármaco no tratamento da covid-19. A DGS não quis explicar ao PÁGINA UM sequer onde se gastaram os 20 milhões de euros em comprimidos. Agora, são mais 645 mil euros, porque a Pfizer está a despachar os stocks a 'preço de saldo'.
21/06/2024
Pedro Almeida Vieira

Estado do Kansas processa Pfizer por deturpar informação da vacina contra a covid-19
O procurador-geral do Kansas processou a Pfizer por ter enganado o público em relação à eficácia e segurança da sua vacina contra a covid-19. Kris Kobach acusa a farmacêutica de ter violado a lei que protege os consumidores daquele estado norte-americano. A acusação sustenta que a Pfizer escondeu do público os riscos que a sua vacina poderia ter para grávidas bem como os riscos de causar reacções adversas como miocardites. A farmacêutica é também acusada de ter mentido aos consumidores, quando sugeriu que a sua vacina era eficaz na prevenção da covid-19. O anúncio teve uma cobertura alargada nos media sobretudo nos Estados Unidos, e foi amplamente partilhado nas redes sociais, até por ser o segundo processo desta natureza contra a Pfizer, depois de uma acção similar em Novembro do ano passado por iniciativa do Estado do Texas. Em Portugal, como seria de esperar, o tema está a ser abafado pelos principais media.
18/06/2024
Elisabete Tavares e Pedro Almeida Vieira

Negócios: Promiscuidade entre farmacêuticas e media mantém-se nas ‘barbas’ do Infarmed
O regime jurídico dos medicamentos obriga as farmacêuticas a revelar publicamente, numa base de dados gerida pelo Infarmed, todos os apoios financeiros em acções de marketing, incluindo aos órgãos de comunicação social, com quem, sobretudo desde a pandemia, mantêm crescentes relações comerciais sob a forma de patrocínio de eventos, de apoio a podcasts, de pagamento por serviços de media partner e outras modalidades como a publicação de conteúdos comerciais ambíguos. A promiscuidade entre farmacêuticas e media, que escondem os milhões que este negócio já representará, conta com um contribuidor de peso: o Infarmed, que não fiscaliza o incumprimento generalizado da publicitação destes eventos, incluindo o valor dos pagamentos. O 'deboche' é tão grande que o presidente do Infarmed até participa em eventos desta natureza. Na próxima terça-feira, Rui Santos Ivo, o líder do regulador do medicamento, vai estar em mais um, desta vez organizado pela CNN Portugal sob patrocínio da Pfizer. E os 'mestres-de-cerimónia' (MC) serão jornalistas, uma das quais até modera o debate onde está quem 'paga a festa': o CEO da sucursal portuguesa da Pfizer.
15/06/2024
Pedro Almeida Vieira

Operação Babel: Contratos promíscuos de Domingos de Andrade foram revelados pelo PÁGINA UM em 2021
Escutas da 'Operação Babel' confirmam o papel de Domingos Andrade - actual diretor-geral editorial do Jornal de Notícias e da rádio TSF, e sócio de uma das empresa que está a adquirir alguns títulos da Global Media - na angariação de contratos com a autarquia de Vila Nova de Gaia alegadamente a troco de notícias. Uma parte das escutas é divulgada hoje pelo Correio da Manhã, mas desde 2021 que o PÁGINA UM tem investigado e revelado os contratos promíscuos envolvendo Domingos de Andrade e a Global Media. Mas não só. Outros grupos de comunicação social portugueses têm sido 'apanhados' pelas investigações do PÁGINA UM com 'parcerias comerciais' que envolvem a produção de notícias à medida e mesmo a realização de 'entrevistas'. Na sequência das investigações do PÁGINA UM, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social chegou a abrir contra-ordenações a sete empresas de media por contratos promíscuos e enviou a identificação de 14 jornalistas 'comerciais' para a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ). Um ano depois, aquilo que daí saiu foi, para já, nada.
11/06/2024
Elisabete Tavares e Pedro Almeida Vieira

PÁGINA UM: um jornalismo com ‘delírios de grandeza’ sem sequer ter ‘meia dúzia de gatos pingados’
"[...] O PÁGINA UM não vai desistir, fiquem descansados (ou, no caso, dos nossos 'inimigos', não descansem): embora não estando a crescer em termos de receitas (pelo contrário), não temos dívidas e estamos (ainda) muito longe de atirar a toalha ao chão, tanto mais que mudámos recentemente de redacção. Na verdade, este editorial, simbolicamente escrito do Dia de Portugal, constitui sim um apelo (e não aos que já nos apoiam financeiramente): ajudem-nos a criar condições para recuperar o conceito do jornalismo de serviço público, independente, isento e incómodo. Estamos mesmo a estender-vos a (nossa) mão, para que possamos retribuir, para retribuir jornalismo no estado puro. Sempre nos parece mais nobre do que aquilo que a imprensa mainstream, com jornalistas engravatados e com ares de muito respeitáveis, tem procurado fazer: mendigar apoios ao próprio Estado ou ‘vender a alma’ com as constantes parcerias empresariais envolvendo jornalistas da casa, porque se endividaram e deram calotes fiscais como se não houvesse amanhã. Na verdade, querem viver 'à conta' dos contribuintes; enquanto o PÁGINA UM quer viver à conta dos seus leitores. Parecendo igual, não é."
10/06/2024
Pedro Almeida Vieira

Que Camões nos proteja!
A opinião do escritor brasileiro Lourenço Cazarré sobre nova edição DN Brasil.
09/06/2024
Lourenço Cazarré


Novo Banco, Impresa & Trust in News: o triângulo dos negócios de media que ‘assaltaram’ um Estado conivente
Uma empresa de media (a Trust in News) está no 'corredor da morte' a precisar de um perdão do Estado. Uma outra grande empresa de media (a Impresa) continua em maus lençóis com um endividamento insuportável. E há ainda uma instituição bancária intervencionada, o Novo Banco, que desde 2018 andou a financiar tudo isto perante um Governo complacente, nuns casos, e conivente, noutros. A análise do PÁGINA UM a um 'triângulo tóxico' com a conivência do Estado, que põe em causa a independência do jornalismo.
06/06/2024
Elisabete Tavares e Pedro Almeida Vieira

Artigo em revista científica prestigiada quebra tabu: vacinas contra a covid-19 estarão associadas a mortalidade excessiva no mundo ocidental
Estão a quebrar-se as barreiras e o silêncio impostos durante os anos da pandemia. E a Ciência liberta-se das amarras políticas e do lobby das farmacêuticas. Um artigo de investigadores holandeses publicado esta segunda-feira na prestigiada revista científica BMJ Public Health coloca, sem subterfúgios, as vacinas como um dos fortes contribuidores para o excesso de mortalidade no triénio 2020-2022 em 47 países ocidentais, incluindo Portugal, que em três anos teve mais 30.405 mortes do que se esperaria. Analisando os padrões de mortalidade nos três anos de pandemia (2020-2022), os autores destacam uma série sem precedentes, quase generalizada, de excesso de óbitos, mas maior em 2021, como sucedeu em Portugal quando já estava em curso os programas de massificação de vacinação contra a covid-19. E apelam para, à luz dos conhecimentos científicos, o apurameento efectivo das mortes causadas pela infecção, pelas restrições nos cuidados médicos, pelos efeitos dos confinamentos e pelas vacinas.
05/06/2024
Pedro Almeida Vieira